O PACTO DE LAUSANNE- 1974, NA SUÍÇA

23 07 2011

O PACTO DE LAUSANNE- 1974, NA
SUÍÇA

 

Lausanne, na Suíça é o lugar em que ocorreu Congresso Internacional em 1974. Líderes cristãos de 150 países compareceram, e daí surgiu o Lausanne Committee for World Evangelization (Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial). Esse congresso também estabeleceu um pacto, este que você lê abaixo. Este pacto foi assinado por 2.300 evangélicos que se comprometeram a ir mais a fundo no compromisso com a evangelização mundial. Desde então o pacto tem sido uma referência para igrejas e missões.

Introdução
Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.
1. O Propósito de Deus

Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.

 

2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.


3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo

Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como “o Salvador do mundo” não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

 4. A Natureza da Evangelização

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

5. A Responsabilidade Social Cristã

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

6. A Igreja e a Evangelização

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

 7. Cooperação na Evangelização

Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização

Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

9. Urgência da Tarefa Evangelística

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

 10. Evangelização e Cultura

O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

11. Educação e Liderança

Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito Espiritual

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salva guardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

 13. Liberdade e Perseguição

É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.

14. O Poder do Espírito Santo

Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O Retorno de Cristo

Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

 CONCLUSÃO

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

 





5º CONGRESSO DE JOVENS E ADOLECENTES

27 06 2011

CONVITE

DIAS 02 E 03 DE JULHO VENHA PARTICIPAR





A OBTUSIDADE EVANGÉLICA

26 06 2011

A obtusidade evangélica

publicado originalmente no 5calvinistas

with Kuyper I believe that unless we press the crown rights of our King in every realm we shall not long retain them in any realm. Cornelius Van Til

com Kuyper eu acredito que a menos que imprimamos os direitos de coroa do nosso Rei em cada esfera, não mais manteremos tais direitos em qualquer esfera. CVT

Os acontecimentos recentes envolvendo rumos jurídicos, políticos e educacionais do Brasil – aprovação da união estável de homossexuais, discussões sobre o PLC 122/06 e a elaboração de um kit exaltando o homossexualismo a ser entregue para crianças na escola – provaram um ponto: os evangélicos são mestres em “entregar o ouro ao bandido”. Por “evangélicos” aqui, pretendo ser o mais abrangente possível: reformados, pentecostais clássicos, neopentecostais, tradicionais… o raio! Em uma expressão de ecumenismo poucas vezes manifestada na história brasileira, os evangélicos dão as mãos para manifestar sua obtusidade.
Obviamente, há quem faça a diferença aqui e ali. Pela graça de Deus, algumas dessas manifestações até produzem resultados benéficos, como a recente vitória quanto à distribuição dos kits pró-homossexualismo para crianças. Provavelmente a vitória neste último item é estritamente a proibição da entrega de tais kits, pois a abordagem da bancada evangélica e os compromissos assumidos não honram o cristianismo.

 
Os crentes: reivindicam o Brasil para Jesus em marchas, 
enquanto entregam o país a satanás no dia a dia

Avaliando o cenário geral, creio que estamos colhendo o que plantamos, para usar a linguagem de Gl.6. Não cultivamos, em nosso país, a cultura de uma presença evangélica marcante no espaço público. Sempre caminhamos à margem da sociedade, em um discurso paralelo, ora de pessimismo, ora de triunfalismo. Levamos a declaração “o meu reino não é deste mundo” (Jo.18.36) ao extremo de desvincular absolutamente a obra de Jesus da realidade extra-eclesiástica. E assim seguimos apresentando na igreja assuntos desconectados da vida comum do povo – os assuntos “espirituais”. Cheios de boa intenção, irmãos piedosos ficaram exclusivamente com a oração e evangelismo, entregando suas vidas a Deus, enquanto entregavam a satanás as demais esferas da sociedade, como a família, o Estado, a ciência e universidade, e as artes. A tragédia é que nem o evangelismo fizemos adequadamente, porque logo desviamos o foco do evangelho para o moralismo. Pagamos o preço por uma omissão cultural tão grande, que agora os ímpios pretendem nos dizer o que é a arte cristã – cf. a presença da Sony no mercado gospel, e a entrevista de Latino afirmando que pretende entrar no ramo – sem se converter, lógico.
Temos pecado. Ao entregar as esferas da vida a satanás – não digo intencionalmente, é apenas o que aconteceu em termos práticos – cavamos a cova na qual seríamos enterrados, criamos um cerco ao nosso redor, do qual precisamos nos livrar, mas não sabemos como. O que nos resta, agora, é retuitar mensagens de reclamação, postar alguma coisa em tom inconformado no facebook, e, talvez, fazer um abaixo assinado aqui ou ali – com pouca, ou nenhuma articulação consistente. Enquanto isso, o lobby gayzista ganha uma batalha após a outra, as estruturas de poder caminham para a iniquidade sem pensar duas vezes, a sociedade se acostuma com noções cada vez mais anticristãs, e a bancada evangélica no congresso mantém apenas o nome, sem pensar o Estado a partir da Bíblia e do evangelho.
O que causou e tem causado tal omissão? Por que deixamos de imprimir a marca dos direitos reais de Jesus sobre o todo da vida? Que forças nos têm levado à obtusidade? Penso que, em uma rápida listagem, pelo menos cinco itens precisam ser considerados.

1 A fraqueza bíblico-teológica da igreja
A nascente da irrelevância evangélica – embora o termo “relevância” seja muito querido em nossos arraiais – está em nosso modo de lidar com a Bíblia. Conquanto o discurso fale bem da Palavra de Deus, a prática revela desconhecimento e descaso para com o Livro Sagrado. Os pentecostais e neopentecostais diminuíram a autoridade da Escritura diante das experiências, e os reformados e tradicionais reduziram tal autoridade em face das tradições. A Bíblia passou a ser vista pelo povo evangélico como um livro de receitas, um manual pragmático para lidar com situações pontuais, normalmente relacionadas ao contexto específico da igreja, ou ao que chamamos de “vida espiritual”.
Os resultados desta aproximação da Escritura são estudos fracos do texto, exegese pobre (quando há), hermenêuticas diversas sem objetivos fiéis, e o despreparo de várias gerações diante do todo da vida. Sabemos encontrar o livro e o versículo, mas não sabemos fazer a correlação entre o conteúdo bíblico e a integralidade de nossa experiência presente. A Bíblia nem mesmo continuou sendo percebida como a história da redenção promovida pelo Pai, por meio de Jesus, no poder do Espírito – as reuniões de pequenos grupos e estudos bíblicos hoje lêem o texto e perguntam: “o que isso significa para você?”, desprezando a interpretação em termos do contexto redentivo.
A reflexão teológica foi deixada em segundo plano, como obra de pessoas frias e sem o Espírito, e com isso entregamos a nossa alfabetização teológica a seres despreparados (talvez com boa retórica, apenas). É fácil notar: muitas igrejas não possuem uma teologia do culto definida – e assim adotam o que aparecer como algo inovador ou “relevante” – , não possuem uma teologia da adoração definida – e assim transitam entre esquemas opostos de oração, cânticos, leitura e vida cristã -, não sabem o que é uma teologia da cultura – relacionando-se com o mundo e a vida na base de critérios moralistas, e por aí vai. Pergunte para o membro comum de sua igreja se ele sabe definir essas questões de acordo com o ensino ali apresentado – talvez tal ensino nem exista.
Sem estrutura bíblica e teológica, o povo evangélico vive à deriva, incapaz de articular qualquer coisa além de alguns “passos para a vitória” , ou algumas “leis espirituais”.

 
O símbolo da espiritualidade evangélica 
é sintomático: olhos fechados

2 A presença de dicotomias/dualismos na compreensão cristã
Caminhando a partir da base mal formada do pensamento evangélico nacional, seguimos para o edifício mal construído. O seu primeiro andar traz uma visão fragmentada da realidade: ela está dividida entre o espiritual e o natural, o sagrado e o secular, e o público e o privado.
Tais dualismos promovem uma interação conflituosa com a cultura (e o todo da vida). Valorizamos os momentos e as práticas relacionadas à igreja: evangelismo, oração… isso é espiritual. E desprezamos o estudo, a reflexão, o voto, o lazer, as artes, a natureza do Estado, etc… isso é natural, e portanto está fora do reino cristão. Como a maior parte da vida – para as pessoas normais – é vivida fora do âmbito da igreja, na cultura, ficamos desarmados em “território inimigo” – entregamos o universo à natureza, e vivemos no mundo dela, como se houvesse um espaço neutro, isento de influência “espiritual”, no qual as pessoas vivem, e com as quais nos relacionamos na mesma base “natural”.
Dividimos a realidade entre o sagrado e o profano. Nesta base, apenas nos interessamos pelas atividades e objetos sagrados, como a música gospel (?), as publicações evangélicas e tutti quanti. Deixamos de lado as coisas e ações que não trazem o nome “evangélico” ou algo do tipo, ora opondo-nos ao que não é cristão, ora simplesmente ignorando o que acontece à nossa volta. É assim que os crentes se tornam ilhados e alienados. Enquanto os pais cristãos apenas ficam preocupados com o novo cd de músicas gospel infantis, os seus filhos estão sendo alimentados na escola com o que há de mais elaborado para a sua secularização e destruição de quaisquer resquícios judaico-cristãos presentes em sua forma de observar o mundo e a vida.
Contribuindo para esta degradação, há a dicotomia do público e privado. O povo da música gospel, e da arte gospel, e dos chaveiros gospel, e dos adesivos de peixinho no carro, assimilou muito bem a cultura relativista (já que não estava preparado para discerni-la e combatê-la), e criou guetos específicos de influência religiosa. Existem os espaços privados – separados para a influência da fé, e os espaços públicos, nos quais a minha fé não deve ter lugar. É assim que muitos cristãos ficam calados diante das decisões do STF em prol do homossexualismo, pois “no espaço público e democrático (eles adoram essa palavra) as questões religiosas não têm lugar”. Será? Confinamos a fé cristã ao patamar da subjetividade, retirando-a do único lugar onde ela poderia ser relevante. Em outras palavras, não apenas nos desarmamos, como demos a arma aos inimigos da fé, para nos massacrar como quiserem.

3 A ausência de uma forma cristã de pensar o mundo e a vida
Além da visão dicotômica das coisas, e talvez como resultado dela, os evangélicos não possuem um modo distintamente cristão de pensar a realidade. Nosso aporte teórico para as ciências está fundamentado na autonomia da razão humana, e assim, quando um cristão tenta romper a barreira da dicotomia e se manifestar como cristão nas ciências, ele pensa a partir dos pressupostos anticristãos.
A fundamentação para a prática política e jurídica em nosso país é aquela de um Estado formado a partir do consenso. Mesmo os cristãos que desejam se manifestar enquanto tais nesse âmbito, acabam trabalhando a partir do pressuposto de que “o poder emana do povo”, sem considerar a autoridade de Deus.
Os cristãos que desejam trabalhar na educação – professores e pedagogos – trazem, no meio de suas frases sobre a “educação de Jesus”, noções construtivistas e/ou pragmáticas, que brotam de uma antropologia radicalmente contrária ao ensino do mesmo Jesus.
Nossos cientistas sociais e historiadores estão afogados no marxismo, observando a história não como o desenrolar da Providência, mas como o resultado da luta de classes.
Nossos biólogos são “cristãos darwinistas”.
Não bastasse o dualismo no povo evangélico, os que tentam rompê-lo estão condenados pela estrutura utilizada para sua reflexão, que nega em cada instância o conteúdo religioso proclamado por eles.
Também por isso estamos indefesos diante da maré gayzista e marxista. Nós usamos as categorias de pensamento propostas por eles, então acabamos pensando que a fala deles faz muito mais sentido. Desconhececemos a matriz Criação-Queda-Redenção.

4 A falta de uma abordagem estratégica e consistente das questões públicas
Digamos que um cristão heróico conseguiu fugir da primeira barreira e compreende a Bíblia adequadamente; livrou-se da segunda e não trabalha a partir de dualismos; venceu a terceira e desenvolve uma forma de pensar legitimamente cristã; ainda assim ele encontra um quarto problema, que pode se manifestar de duas formas.

 
A bancada evangélica: fundamentação bíblica?

A primeira delas é patente na raridade de cristãos auto-conscientes da Bíblia, da integralidade da realidade, e da estrutura cristã para o pensar. Sendo poucos, e espalhados, não se reúnem para ações conjuntas e significativas, e ficam como vozes soltas no espaço cibernético.
A segunda forma se manifesta quando tais cristãos se encontram, organizam núcleos para reflexão e divulgação dessa “forma cristã auto-consciente de ser”, mas, sem nenhum senso estratégico, começam a atirar para todos os lados, e não tratam nenhuma questão consistentemente.
Uma boa estratégia envolverá planos adequados de curto, médio, e longo prazo. Envolverá discussões e reflexão, formação de novas gerações nesta perspectiva, e a identificação de pontos centrais que precisam ser abordados estrategicamente, para que os demais – secundários – sejam tratados em seu devido tempo, ou venham na esteira dos principais.
No direito, por exemplo, não adianta ficar discutindo se os homossexuais serão felizes ou não no casamento, mas indicar para a esfera do Estado como submetida à autoridade de Deus, e paralela (nem acima, nem abaixo), da esfera da família. Nesta perspectiva, não cabe ao Estado interferir na esfera da família, cuja estrutura foi dada soberanamente por Deus. (Vale a pena pensar mais sobre isso posteriormente)

5 Ataques internos
O último problema gerador da obtusidade cristã no espaço público são as disputas internas que pretendem derrubar o edifício evangélico. Aqui eu penso, também, em dois caminhos.

 
PL122: nós fechamos a boca 
e colocamos o zíper, eles só estão puxando

Por um lado existem os cristãos nominais (falsos cristãos) e os cristãos inconsistentes que trabalham em projetos contrários ao cristianismo bíblico. Penso, por exemplo, nas declarações recentes de Ricardo Gondim, na abertura ao pós-modernismo proposta pela Igreja emergente, e no inclusivismo de gente como Ed René Kivitz. Caminhando lado a lado com o segmento cristão, e provavelmente bem intencionados, tais cristãos estão, continuamente, lançando bombas sobre o cristianismo bíblico, operando em prol da relativização e enfraquecimento da consistência de um pensamento rigorosamente centrado na Palavra de Deus. Tais ataques dividem a igreja, confundem as ovelhas, e contribuem para a irrelevância cristã.
Por outro lado, existem aqueles que caminham juntos e possuem uma mesma confissão, mas, em vez de abordarem questões comuns a partir dos mesmos pressupostos, preferem digladiar-se mutuamente. Penso aqui em discussões que dividem as Assembléias de Deus, por exemplo, e na prática dos chamados “neopuritanos”, que, em vez de contribuírem para uma reflexão reformada da realidade, preferem discutir se Mark Driscoll é reformado ou não.

•   •   •

O texto ficou maior do que eu esperava, e isso é outra tristeza, pois sei que muitos não chegarão até aqui por preguiça. Em parte eu não os condeno, pois a proposta de um blog, normalmente é mais dinâmica. Por outro lado, muitos deixarão de ler não por fugir de um padrão estipulado na blogosfera, mas simplesmente por não possuírem interesse no assunto, nem conseguirem caminhar com qualquer análise um pouco (e bem pouco) mais estendida de uma questão.
Contudo, embora a linguagem inteira do post seja pessimista e triste, e embora tenhamos nos colocado em uma situação lastimável, ainda tenho esperança. Creio que, identificando tais problemas e trabalhando consistentemente neles podemos melhorar a nossa condição, e creio, em um nível mais fundamental, que Deus continua guiando a Sua Igreja, de modo que ela nunca estará desamparada.
Deus nos ajude.
Soli Deo Gloria.

 





ABAIXO ASSINADO CONTRA A PLC 122 DE 2006

29 05 2011

ACESSE A ASSINE O ABAIXO ASSINADO CONTRA O PROJETO DE LEI.

PLC 122 DE 2006

http://abaixoassinado.vitoriaemcristo.org/_gutenweb/_site/gw-inicial/

VEJA TAMBÉM O VIDEO DO PASTOR E DEPUTADO MAGNO MALTA

VIDEO EXPLICATIVO SOBRE PLC122 – 2006 PELO PR. SILAS MALAFAIA





SEMADEG – A GRANDE MISSÃO DE EVANGELIZAR OS PRESÍDIOS

18 05 2011

A GRANDE MISSÃO DE EVANGELIZAR OS PRESÍDIOS

 

A população carcerária, em crescente aumento, superlota os presídios e casas de detenções.  Falta espaço nas celas, sobra violência nas ruas.  Da mesma forma encontram-se as clínicas de recuperação para dependentes químicos, onde a demanda é extremamente maior do que elas podem suportar.  Há de ressaltar o envolvimento na recuperação e ressocialização desse público, mas o trabalho desenvolvido, ainda é ínfimo e tímido, e as vezes negligenciado até pela igreja evangélica. De acordo com dados da Internacional Center for Prison Studies (Centro Internacional de Estudos Penitenciários), o Brasil fica em quarto lugar no ranking dos países com a maior população prisional, somente atrás dos Estados Unidos, China e Rússia. O último levantamento, feito este ano pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, mostra que há 419.551 presos no País.

Missão da igreja

Quando Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15), ele determinou que realmente pregássemos a todas as criaturas, inclusive, aqueles que se encontram nas penitenciarias.
Jesus foi claro ao dizer: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Marcos 2:17), e que ele não veio “chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento” (Mateus 9:13).
Sabendo que Jesus nos determinou que pregássemos o evangelho a toda a criatura e que “haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lucas 15:7), devemos sim também evangelizar nos presídios.
Aqueles que isto fazem naquele dia escutarão: “estava preso e foste me visitar” (Mateus 25:36), e “sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40).

O ministério de Jesus consistia em proclamar libertação aos cativos (Luc 4:18). Ele espera que a sua igreja visite os presos. O Senhor Jesus está identificado não apenas com os enfermos, mas também com os presos. É por isso que Ele disse: “Estive na prisão, e fostes ver-me” (Mat 25:36). Então os cristãos perguntarão: “Quando te vimos na prisão, e fomos visitar-te ?” E então responderá Jesus: “Sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mat 25:40). “Deus não nos chamou apenas para ficarmos sentados nos bancos das igrejas, mas também para atuar no social.  O Ide de Jesus, é também isso.  Os projetos sociais são ferramentas importantes para levar a Palavra de Deus, aos corações daqueles que precisam, de uma forma real.  A igreja tem um papel fundamental na vida das pessoas, principalmente de quem está a margem da sociedade, sem perspectiva, sem esperança.  A igreja é uma das principais instituições responsáveis pela ressocialização, já que tem a missão de amar o próximo e à Deus.  Quando a igreja tam a visão de aproximação, ela está permitindo que o individuo volte, que ele seja resgatado e ressocializado para o meu em que vive”, disse Eliane Lopes da Rocha Campos, que é assistente social.

           

COMO EVANGELIZAR OS PRESÍDIOS?

Assim como há normas para visitação nos hospitais, assim também há normas para visitar nos presídios. Os cristãos devem respeitar essas normas. Elas visam à boa ordem nos presídios e à segurança de todos. Infringir tais regulamentos, sob o pretexto de que Deus nos guarda e não permitirá que coisa alguma de mau aconteça é imprudência. Procure saber sobre quantas pessoas podem ir ao presídio, se pode levar instrumentos, se pode cantar, se há um lugar para culto com todos os presos, quanto tempo disponível para tal visita, se pode distribuir literatura, etc.

A evangelização nos presídios deve contar com literatura especial. A literatura usada na evangelização nos hospitais não é a mesma a ser usada nos presídios. Há poucas exceções a esta regra. Isto é, há poucos folhetos que podem ser usados nos dois ambientes distintos. Portanto, leia o material a ser distribuído nos presídios, e certifique-se se tal material é o mais indicado.

Cuidados com os textos bíblicos a serem usados. Não se recomenda pregar numa festa de aniversário no texto da morte de Lázaro. Em culto de bodas de casamento, normalmente não se prega sobre a besta do Apocalipse. Cuidado para não apontar o dedo acusador. Não use a Bíblia ou Deus como uma arma ou um juiz implacável contra os pecadores. Lembre-se que nós todos somos pecadores. Não são pecadores apenas aqueles que estão nos presídios.

Em sua fala nos presídios, procure sempre incluir-se entre os pecadores, entre os que necessitam do amor de Deus.

EVANGELISMO NO PRESÍDIO DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA/SE


A igreja Assembleia de Deus em Glória iniciou o trabalho de evangelismo no presídio à aproximadamente dez anos com o irmão Antônio José Santos o qual ainda dá continuidade, contando hoje com a ajuda de alguns irmãos que compõem o grupo de louvor Gideões, sendo eles: Eribaldo, Francisco Dantas, Francisco da Cruz, Gismácio, Edinaldo e Edimilson. Estes destemidos irmãos não medem esforços para realizar este trabalho todos os domingos tendo como objetivo o evangelismo na ala mais perigosa do presídio conhecida como “RAIO”. No decorrer desses dez anos aceitaram a Jesus aproximadamente quarenta presos, nos quais hoje a maioria já está em liberdade, não dispomos de notícias de todos, mas temos conhecimento de alguns que hoje são obreiros na casa do Senhor e tiveram realmente uma transformação de vida. No momento temos quatorze irmão sendo alguns batizados com o Espírito Santo e usados por Deus. O trabalho naquele lugar é dividido em alas (A ou RAIO , B e ORTA), a ala A e B são evangelizados pelos irmão da Assembleia de Deus e a ala ORTA, menos perigosa, pelos nossos irmãos da igreja Madureira. O irmão Antônio juntamente com sua equipe também realizar o trabalho social através de sorteios de brindes (sabonete, creme dental e cueca) no período do natal e outras datas. Destacando também o testemunho de um africano que não fala o português, mas já está aprendendo a cantar os hinos da harpa e também já recebeu a graça do batismo com Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Ao evangelizar nos presídios, o cristão deve ter como alvo levar a pessoa à conversão e ao serviço a Deus, pelo poder do Espírito Santo, através da comunicação do evangelho.

Procure observar os regulamentos do presídio. Não se coloque na posição de juiz nem de advogado dos presos. Você é um arauto de Deus. Você está ali como um pregador das boas-novas. Faça isso. Compartilhe o amor e o perdão de Deus para com os homens.

Artigo: Nilcivane Barreto





CANTORA ELIENE NASCIMENTO – 5ª CONFERÊNCIA DE MISSÕES

13 05 2011





MENSAGEM (SAUDAÇÃO ADD – GLÓRIA)

13 05 2011





FOTOS DA 5ª CONFERÊNCIA DE MISSÕES

4 05 2011

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FOTOS





5ª CONFERÊNCIA DE MISSÕES

16 04 2011

CONVITE





PALESTRA – Missões: A tarefa da Igreja.

13 04 2011

Tema: Missões: A tarefa da Igreja.

Texto Base: João 4.31-36.

Palestrante: Hudsny Santana.

I- Introdução:

A Igreja de Jesus precisa ter olhos sempre erguidos.  Precisamos levantar as cabeças.  E quando erguemos os olhos então é possível ver. Precisamos ser uma Igreja de visão.  Ver as necessidades, as portas abertas, os desafios, as possibilidades, as carências, as vidas sem Cristo, os pecadores perdidos, quantos são os que perecem sem esperança e sem salvação.

A seara está madura, é preciso agir com rapidez. Logo a noite vem.  O mundo está com pressa, tudo hoje acontece em pouco tempo. Não podemos postergar, protelar, adiar, deixar para depois.

A igreja precisa ter um sentimento de pressa.  A seara não pode perecer, quantos frutos estão maduros, as pessoas estão com fome de Deus.

Missões é uma tarefa da Igreja, oremos para que o Senhor da seara realize o querer e o efetuar Dele na vida dos ceifeiros que recolherão nos celeiros do Pai os frutos já maduros, as vidas que estão se entregando a Jesus. A Igreja vive um tempo de colheita.

II- O Autor:

O autor deste Evangelho quase certamente foi um judeu. Ele exibe um profundo conhecimento dos costumes, festas e crenças judaicas. Seu conhecimento geográfico detalhado sugere que ele era natural da Palestina e parece que ele foi uma testemunha ocular de muitos dos acontecimentos registrados no seu Evangelho (19.35). Embora a obra não registre o nome do autor, contém algumas ideias a respeito.  Este é o único Evangelho que se refere a um dos apóstolos com a expressão “a quem Jesus amava” (13.23) em lugar do seu nome.  Esse discípulo é aquele identificado como a testemunha ocular que “dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu” (21.24).  Além do mais,   qualquer leitor cuidadoso observaria que João, filho de Zebedeu, um dos mais destacados discípulos, não é mencionado pelo nome no Evangelho.  É  difícil explicar      esta omissão, a não ser que se admita que o Evangelho foi escrito por João e que ele evitou identificar-se.

A tradição primitiva, tal como os textos de Irineu no segundo século, atribui este Evangelho de forma consistente e explicita ao apostolo João.

III- Data e Ocasião:

A tradição da Igreja Primitiva sugere que João escreveu o Evangelho beirando o final de sua vida, em torno do ano 90 d.C.

O próprio autor descreve seu propósito ao escrever: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.31).

IV- Dificuldades de Interpretação:

Um desafio especial para os intérpretes do Evangelho de João é a relação entre ver “sinais” e crer.  O autor dá grande ênfase à relevância incomparável dos milagres de Jesus por eles revelarem muito sobre sua pessoa e obra (20.30,31).  Mas algumas passagens parecem sugerir que a fé baseada exclusivamente no fato de se ter pessoalmente visto os sinais não é algo bom.  Em 4.48, por exemplo, Jesus repreende seus ouvintes, “Se, porventura, não virdes sinais e prodígios, de modo nenhum crereis”. Está  passagem traz à mente a afirmação  de Tomé em 20.25, “Se eu não vir… de modo algum acreditarei”.  Portanto, muitos leitores concluíram que uma fé ideal não tem interesse em milagres.  O problema com esta conclusão é duplo.  Primeiro, se a fé resultante de milagres não é boa, por que Jesus realiza milagres? Segundo, por que João liga estes sinais à fé em Cristo (20.31)?

Crer em Jesus significa não somente reconhecer sua capacidade de realizar milagres, mas também aceitar o que aqueles milagres como “sinais” revelam sobre sua pessoa e sua obra.  O evangelista indica que o registro escrito dos sinais de Jesus é testemunho suficiente para aqueles que não são testemunhas oculares.

Este modo de compreender está implícito no que Jesus disse a Tomé, “Bem aventurados os que não viram e creram” (20.29). A formulação de Paulo oferece uma relação semelhante entre a fé e a vista:” andamos por fé, não pelo que vemos “(2Co 5.7;cf. Rm8.24,25 ).

A fé pode ser produzida e encorajada pelos sinais que Jesus realizou e realiza.  Mas o objetivo desta fé é compreender Jesus em sua totalidade, não meramente como um operador de milagres.  Jesus é revelado por seus “sinais” como a eterna Palavra de Deus uno em glória com o Pai e o Espírito.  Não é necessário ser testemunha ocular dos sinais: o seu registro é suficiente para transmitir seu poder para descobrirmos e fortalecermos a nossa fé e Jesus como o Messias, o filho de Deus.

V- Características e Temas:

Os ensinamentos de Jesus registrados em João tendem a ser longas considerações de um simples tema, em contraste com os ditos expressivos, no estilo de provérbios, encontrados nos outros três Evangelhos.     O material de ensino  é freqüentemente embutido nas conversações, na medida em que Jesus interage em debates com pessoas ou grupos.  Quase não há parábolas neste Evangelho. A interação de Jesus com aqueles que não o receberam   embora “seus”(1.11) é um enfoque importante do ministério público(cap. 1__12 ).  Jesus aparece freqüentemente em Jerusalém por ocasião das festas judaicas.  Estas festas têm especial importância por causa do modo como Jesus relaciona seu próprio trabalho com o que significam (7.37-39).  Apesar deste ministério, sua nação não o recebeu,     um fato que João explica como resultado do pecado humano.  Jesus é rejeitado não por que ele é um estranho, mas por que as pessoas amam mais as trevas do que a luz. João destaca de vários modos a realidade do pecado, mas especialmente pela ênfase na nossa total dependência de Deus para a salvação.  Assim como nosso nascimento físico não foi resultado de nosso próprio esforço ou desejo, também nosso nascimento espiritual não depende de nós, mas da vontade de Deus e do poder de seu Espírito (!.12,13;3.5-8).  Homens e mulheres pecadores são incapazes de chegar à salvação em Jesus se não forem atraídos pelo Pai (6.44).  Mas quando vêm a Jesus, eles têm vida eterna, e não entram em juízo (5.24); eles pertencem ao Pai, e ele não os deixará morrer (10.27-29).  Uma das características mais marcantes deste Evangelho é o Prólogo (1.1-18) que apresenta Jesus como o eterno Logos, ou Palavra, aquele que revela o Pai.    Cristo revela o Pai porque compartilha da divindade do Pai.  Ele é quem criou o universo (1.3). Ele satisfez as necessidades dos israelitas no deserto, e agora oferece o pão e a água espirituais (4.13,14;6.35).

VI- Conclusão:

Que momento lindo!  Ao derredor do mundo milhares de vidas estão conhecendo a pessoa salvadora de Jesus Cristo e sendo resgatada, redimidas pela graça do Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

O Espírito Santo está agindo nestes dias , à mão do Senhor está estendida e operando prodígios e maravilhas.  O diabo está sendo envergonhado, o céu está em festa, é tempo de colheita, o fruto do trabalho do Senhor está maduro e sendo colhido. Que Deus pela sua graça e pelo seu Santo Espírito nos faça uma Igreja apaixonada e envolvida com missões.  Que seja assim com a bênção e a misericórdia de Deus, em nome do Senhor Jesus e para sua glória.  Amém!